Perigos do Whatsapp: pescoço, dedos e punhos.

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Os perigos do Whatsapp e as lesões derivadas da utilização de dispositivos móveis aumentou devido à generalização do seu uso. O estudo “Evolução de tensões na Coluna cervical e postura causados pela posição da cabeça” (Hansraj, 2014) demonstra o peso que deve suportar o nosso pescoço devido a esta má postura. O acto de inclinar-nos para ler ou escrever mensagens juntamente com os efeitos negativos que o whatsapp provoca nos punhos e dedos tem o nome de “Whatsappite“. São alguns dos “efeitos segundários” da chegada do ecrã táctil às nossas vidas.

Perigos do whatsapp para o pescoço

As lesões no pescoço derivam da utilização excessiva do whatsapp e são apelidadas como Text Neck. Este síndrome caracteriza-se pelo pescoço rijo, em tensão e com dor (na zona dos músculos do pescoço e coluna cervical) derivado de uma postura de pescoço flexionada com posição inclinada da cabeça.

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Sobre as lesões derivadas do whatsapp encontramos um interessante estudo sobre a relação directa entre a postura de flexão cervical e retro-projecção da cabeça com o peso que deve suportar a coluna e o pescoço. O estudo do cirurgião, especialista em coluna, Kenneth Hansraj  inclui uma interessante infografia que estabelece a relação entre flexão e kg que deve suportar o pescoço.

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Kenneth Hansraj, autor do estudo

Como calcular e valorar o dano que nos provoca o whatsapp no pescoço? O doutor Kenneth Hansraj criou um modelo da coluna para o cálculo destas forças (extraídas em Newton e depois transformadas em libras). Como valores standard calcula-se que a cabeça e o pescoço supõem aproximadamente 60 newton (6 kg) e o centro de gravidade situa-se 18 centímetros sobre a vértebra C7.

Hansraj concluiu que o peso suportado pela espinha aumenta de maneira drástica quando se flexiona a cabeça para a frente e se modifica o ângulo. De momento, é o único estudo sobre o stress do pescoço quando se incrementa o ângulo e se inclina a cabeça. Ao flexionar o pescoço, varia o centro de gravidade e o peso real que deve suportar o pescoço (até 27 kg com uma inclinação de 60 graus).

De acordo com o estudo, a posição mais eficiente é a das orelhas alinhadas com os ombros. Este também realça que as pessoas passam entre 2 a 4 horas por dia com a cabeça inclinada (para ler, escrever nos telemóveis, etc). Fazendo os cálculos, isto supõe uma média de 700 a 1400 horas por ano, que poderia chegar à cifra de 5000 horas no caso dos estudantes e trabalhadores com más posturas de trabalho.

Perigos do whatsapp para os dedos e pulsos

“Lesões por usar o whatsapp, nos dedos e mãos”, de isto advertem alguns fisioterapeutas da Coruña, Espanha através do seguintes artigo publicado pela Opinião de A Coruña. Segundo destacam, já são muitos os que vão a consultas de fisioterapia por lesões derivadas da utilização incorrecta do telemóvel ou tablet.

As zona afectadas normalmente são:

  • Pulgares;
  • Punhos;
  • Cervical;

Este tipo de lesões assemelham-se às que antes eram exclusivas de “trabalhadores que efectuam um movimento movimento em concreto, como por exemplos as costureiras”.

Caso real

Uma mulher de 34 anos deu entrada nas urgências com dores em ambos os punhos. Após alguns exames confirmou-se o desconforto à palpação na estilóide radial e mobilização do pulgar. Não tinha qualquer historial de lesões e nunca fez nenhum exercício excessivo nos dias anteriores.

A lesão no pulgar desenvolveu-se na véspera de Natal, porquê? A paciente nessa noite utilizou o seu telemóvel (130 gramas, que pesa um Iphone 6) durente 6 horas para enviar mensagens de Whatsapp e outras plataformas para os seus amigos e familiares. O primeiro caso de Whatsappite teve como tratamento um anti-inflamatório adequado à paciente (grávida de 27 semanas) e a abstenção da utilização do telemóvel.

Como recomendações básicas para evitar este tipo de lesões são:

  1.  Usar o telemóvel sentado, apoiar o aparelho na mesa e alternar os dedos de escritura;
  2. Realizar pausas cada 15 minutos, colocar o dispositivo móvel à altura indicada para os olhos evitando flexionar a coluna;

Assista ao vídeo realizado pelos companheiros de Hola Doctor:

 

 

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