Jorge Góngora, formado em Fisioterapia, foi o vencedor do prémio Alejandro Plaza 2016 com o seu projecto sobre a “Eficácia da Eletrólise Percutânea Terapêutica EPTE®, em tendinopatias do Supra-espinhoso”. O objectivo deste concurso é premiar e dar o devido destaque ar todos os trabalhos de final de licenciatura ou mestrado, de maneira a estimular os alunos para participar na área de investigação e evidência cientifica.
O trabalho foi desenvolvido segundo a orientação do professor Rodríguez Huguet e o prémio foi entregue pelo Colégio de Fisioterapeutas de Andaluzia, no II Congresso Internacional de Fisioterapia e Movimento em Málaga, onde também esteve presente a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas.
Entrevista ao vencedor com o projecto sobre a EPTE®
Jorge, o que te motivou a seguir por este campo de estudo?
“Primeiro de tudo, um factor muito importante que não pude ignorar foi o facto de as tendinopatias serem uma das lesões mais frequente no desporto.
Comecei por investigar diferentes opções para o seu tratamento e entre elas encontrei a eletrólise percutânea, uma técnica da qual já tinha ouvido falar mas que não conhecia em profundidade. Entre as distintas opções que tinha em cima da mesa, sempre tive um especial interesse pela EPTE® eletrólise percutânea terapêutica, e isto, despertou a minha curiosidade para o facto de esta utilizar menos intensidade de corrente e ser menos dolorosa para o paciente tendo em conta outro tipo de técnicas que estão dentro da mesma linha de tratamento.
Durante o processo de investigação, fui encontrando informação sobre o trabalho com exercício excêntrico e fiz questão de abordar também um pouco este tema no decorrer do meu projecto.”
Resumidamente, em que consiste o teu trabalho?
O estudo premiado: “Eficácia da Eletrólise Percutânea Terapêutica EPTE®, em tendinopatias do Supra-espinhoso” tem como problema principal a comparação entre o trabalho com EPTE® eletrólise percutânea terapêutica utilizando exercícios excêntricos como complemento ao tratamento ou apenas um protocolo de exercícios excêntricos sem eletrólise.
“Decidi escolher a técnica da Eletrólise Percutânea Terapêutica pela sua novidade e eficácia, o objectivo era estudar a eficácia da eletrólise EPTE® no “tratamento das patologias que afectam o tendão de inserção do músculo supra-espinhoso através das variáveis de estudo”.
O futuro estudo que tenho em mente desenvolver será uma novidade, enviei uma proposta ao comité ético e pretendo compara a eficácia da terapia aplicando EPTE® + tratamento com exercícios excêntricos contra um tratamento baseado apenas na punção seca , utilizando o mesmo protocolo de exercícios”.
Quais são os seguintes que irás tomar?
“Estou pendente a aprovação do Comité Ético iniciar a investigação clínica, pesquisa de pacientes, etc. A proposta é de fazer um ensaio clínico, aleatório, longitudinal e prospectivo, no qual se avaliarão distintas variáveis relacionadas com a dor, a mobilidade articular e a algometria de pressão. O estudo será realizado com pacientes diagnosticados com tendinopatias no músculo supra-espinhoso por um médico especialista em Traumatologia.
Fisioterapeuta por vocação
Jorge Góngora combina o trabalho na clínica com a sua formação.
Decidiu ser fisioterapeuta por vocação e “poder ajudar as pessoas é uma das facetas positivas que fez com que eu não perdesse o encanto por esta profissão. Conhecia a profissão do fisioterapeuta por praticar desporto e por familiares que ir várias vezes ao fisioterapeuta. Estou satisfeito e contente por ter tomado a decisão correcta para o meu futuro profissional e, creio que um pouco pessoal também, porque um fisioterapeuta tem que colocar muito da sua faceta pessoal na hora de exercer. Num futuro próximo, espero seguir com a minha carreira em direcção ao ramo da fisioterapia traumatológica e desporto”.