O estudo da passada é cada vez mais frequente durante a atividade física dos atletas. A análise biomecânica da passada permite ao terapeuta detectar possíveis problemas antes da realização de qualquer atividade física e, assim sendo, isto irá reflectir-se na redução da taxa de risco de lesão. Em seguida, conheça em que consiste o estudo da passada e as guias para saber qual é o seu tipo de passada: pronador, supinador ou neutro?
Qual é a importância do estudo da passada?
O estudo da passada tem como finalidade detectar problemas biomecânicos antes da realização de qualquer atividade desportiva. Através de uma análise biomecânica da passada é possível realizar um plano de tratamento e aconselhamento de exercícios para corrigir a passada evitando futuras lesões musculares e osteoarticulares, melhorando assim, o rendimento e aproveitamento físico-desportivo do atleta.
Esta análise biomecânica é aconselhada para todo o tipo de pessoas, tanto para pessoas que não realizam atividade desportiva como para crianças e, sobretudo, para desportistas. O Centro Homologado EPTE®, Biomecánica Martínez, é especialista neste tipo de processo de avaliação da passada. Para abordar um pouco este tema, Víctor Martínez Rebollo, subdirector do centro, podólogo e atleta de largas distâncias explica como se analiza a passada.
Existem estudos científicos que relacionam os problemas de locomoção com alterações na cintura e na cervical devido ao “bloqueio do primeiro rádio”, Víctor Martínez Rebollo.
Em que consiste a análise da passada?
A análise biomecânica da passada é dividida em duas partes:
1. Fase Estática da análise biomecânica da passada:
O estudo da passada começa com um estudo biomecânico estático para recolher a maior quantidade de informação possível sobre o paciente. Esta avaliação biomecânica é efectuada desde o nível dos pés até às extremidades inferiores até chegar à coluna vertebral. Para isso, o paciente deve estar em posição de bipedestação sem qualquer tipo de movimento.
Seguidamente, é utilizado um reflexoscópio que consiste numa superfície transparente na qual o paciente sobe e a partir daí é possível analisar a planta dos pés no que diz respeito à superfície plantar. Este tipo de podoscópio mostra a impressão digital plantar e permite estudar as distintas cargas que se efectuam diferenciando o peso suportado por cada área dos pés do paciente.
Com uma avaliação da baropodometria é possível determinar com exactidão as presões às quais está sujeita a superfície plantar. Esta prova é realizada primeiro com o paciente descalço e depois calçado para comprovar o tratamento, no caso de que seja necessário. Esta dinâmica é utilizada também para avaliação posterior a tratamentos, aplicando-se aos pontos de apoio, o centro da pressão, a carga de cada pé, antepé, retropé e a zona de sobrecarga que coincide muitas vezes com a zona afectada.
2. Fase Dinâmica da análise biomecânica da passada:
Na análise biomecânica dinâmica é necessário observar como corre e anda o paciente para comprovar as diferentes etapas da marcha. Depois, é realizada uma exploração e análise vídeo-digital para uma avaliação minuciosa que permita detectar qualquer detalhe que não se pode apreciar com outros mecanismos. É mediante uma observação ecoguiada que se exploram as medidas dos ângulos do pé a partir de planos frontais, dorsais e laterais.
Se for possível contar com a apreciação de uma imagem músculo-esquelética é muito melhor, uma vez que permite que o estudo seja mais minucioso e por sua vez possibilite a realização de um diagnóstico mais preciso.
Tipos de passada: pronador, supinador o neutro?
A análise biomecânica da passada permite, à parte de uma melhoria da evolução da patologias, diferenciar os tipos de passada de cada paciente. Existem 3 tipos de passada: neutra, supinadora e pronadora.
- Passada Neutra: o apoio do pé é realizado sem tensão na cara medial e lateral do pé, perna e joelho;
- Passada Supinadora: produz-se o gesto contrário à pronação. O pé quando entra em contacto com o chão realiza um movimento para fora (rotação exterior);
- Passada pronadora: rotação do pé para dentro (rotação interior) quando realiza qualquer tipo de movimento. O movimento é realizado de uma forma natural apesar de que exista uma maior possibilidade de lesão devido à alteração da modalidade de deslocamento e movimento do corporal.
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